quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Valor do mínimo está nas mãos de Dilma

Diante do impasse entre o governo e as centrais sindicais, a definição do reajuste do salário mínimo para 2011 ficará nas mãos de Lula e da presidente eleita, Dilma Rousseff, segundo as palavras do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Ele defende que o valor do benefício seja arredondado para R$ 540 - para facilitar o saque em caixas eletrônicos -, mas recomenda que não ultrapasse este valor, sob o risco de faltar receita. ´A minha proposta é de R$ 540. É o que podemos fazer. A decisão agora é política', comentou.

Além de considerar o argumento técnico, Lula e Dilma precisarão pesar também, para bater o martelo, a reivindicação dos representantes dos trabalhadores, que querem para janeiro de 2011 uma exceção à regra de reajustes aplicada há quatro anos. Pelo mecanismo atual, o incremento do mínimo é composto pela inflação do ano anterior somada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). É sobre essa norma que foi estabelecido o valor de R$ 538,15 apresentado pelo governo. No entanto, como a economia encolheu em 2009, os sindicatos argumentam que os trabalhadores serão prejudicados.

´Queremos continuidade do mecanismo em 2012. Ele foi fundamental na recuperação da crise. Está funcionando bem e deve voltar a ser aplicado. O que queremos do governo em 2011 é a sensibilidade de perceber que os trabalhadores não são culpados pela recessão`, explicou o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique.

O relator-geral do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF), reforça a visão do Planejamento e alerta para a escassez de recursos. ´Eu vim aqui hoje (reunir-me com Paulo Bernardo) para dizer que estamos precisando de mais receitas ou não conseguiremos atender todos os pedidos e fazer um Orçamento factível`.

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